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Escrever é muito mais do que uma mera paixão, é uma parte de mim!
Na poesia, os pensamentos, as ideias e as emoções ganham vida própria, deixam de ser uma parte do autor e rompem a fronteira do "eu" , abraçando, assim, outras realidades, outras vidas.
Nélson J. Ponte Rodrigues

quinta-feira, 29 de junho de 2017

A Geração dos Pequenos Ditadores

Mais um ano letivo terminou na maioria das escolas. Terão os alunos aprendido muito neste ano letivo? Penso que não! Para eles, atualmente, tudo é fácil e descartável. Obter um satisfaz é a meta da maioria. Que cidadãos serão esses no futuro? 

A maioria dos pais simplesmente cria pequenos ditadores que não podem ser contrariados e nalguns casos recusam-se ainda a admitir o que é óbvio, isto é, estão a falhar enquanto pais. 

Errar é humano, recusar-se a enfrentar os factos é um ato que revela estupidez e negligência perante a sociedade. Não vivemos numa selva! Temos de aprender a respeitar os outros desde tenra idade. Uma criança que é habituada e até incentivada a transgredir regras, que tipo de adulto será? Errar deliberadamente e não prover punição é incentivar.

Educar requer tempo, dedicação e ouvir um não quando necessário. A velha teoria que os tempos mudaram, não resulta. O conceito de educação tem mudado para pior (bem pior). Desautorizar um professor, humilhá-lo e desrespeitá-lo nunca serão sinais de evolução, mas sim de retrocesso. 

Afinal, o que é educar hoje em dia? Subornar ou manipular menores recorrendo a bens materiais não é e nunca será educar. Cada vez mais, é possível testemunhar casos de extrema indisciplina e, por vezes, de pura má educação. Um pedido de desculpas, para quê? É vergonhoso. Não há desculpas para isso. Não estarão a criar adultos egoístas, egocêntricos e até desumanos, caros pais?! As crianças devem aprender desde tenra idade que nenhum ato está isento de consequências e que respeitar os outros é fundamental. 

Há muito a fazer relativamente à educação... Para além disso, o ensino também precisa de ser reeducado. Os programas escolares estão desajustados à realidade. Para quê tanta teoria e programas infindáveis? Não seria mais útil apelar ao pensamento crítico dos alunos e conferir-lhes alguma responsabilidade face à aquisição de competências ou saberes? Sou contra o facilitismo. Valorizo as mentes criativas, e não as formatadas. Pedir aos alunos para decorarem nomes, datas, acontecimentos, fórmulas.... Será isso útil? Devem reconhecer e aplicar conteúdos, isso sim.

Para finalizar, atacar colegas de profissão e mostrar desunião, não nos tornará mais fortes... pelo contrário. É na união que está a força!


Nélson José Ponte Rodrigues
26-06-2017


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