Não te prendas onde ninguém te agarra.
Não acredites nas tuas próprias ilusões.
Algumas feridas nem cicatrizam nem saram.
Terás de aprender a viver com elas, arrumá-las algures…
Prudência, então! Não amordaces a razão!
Coloca a angústia bem longe do peito e da mente.
Não sofras por um amor ausente, é um ato demente.
Não alimentes a euforia de um amor passante.
A razão é a única amiga do coração.
Não te fies, portanto, na ilusória paixão.
Desejos e vontades não alteram ninguém,
Alguém ficará sempre muito aquém.
Por vezes, queremos acreditar
Noutro desfecho, noutro olhar.
No entanto, as circunstâncias continuarão iguais.
Seremos sempre desiguais.
Não há pares perfeitos, simétricos…
Na vida há livre-arbítrio e querer,
O resto são falácias a irromper.
Não te fies nos mentirosos habituais,
Permanecerão certamente desleais.
Não te aprisiones a um amor perdido.
Não te demores onde já não és entendido.
Não há amor onde não somos amados ou prezados.
Não há prémios nem condecorações para os mal-amados.
Liberta-te do que te faz mal,
Do banal ou disfuncional.
A ansiedade que te devora de dentro para fora
Aniquila a alegria que poderias estar a sentir agora.
Esquiva-te da dor e da agonia,
Pois irás perder mais um dia.
É quase impossível renascer quando te refugias na escuridão.
O amor e a vida cessam um dia, interioriza essa constatação.
Não reprimas o teu ser para convir ou agradar.
Não te refugies nas amarguras do passado já queimado,
Abre as portas e indaga um novo achado.
Tu és capaz de te exonerar,
Para tal não te podes boicotar.
Ser feliz é compreender
A diferença entre segurar e largar:
Segura-te ao que te pode levar mais além;
Larga o que já não surpreende nem entretém.
Não há louvor na dor.
É preferível deter amor-próprio e ficar sozinho a camuflar um amor débil ou servil.
Enquanto uns amam, outros adornam o seu egoísmo.
Cabe a nós decidir, quem deve ficar ou partir.
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